Jan Van Eyck: RepresentaçAo do espaço real

Jan Van Eyck: RepresentaçAo do espaço real

Editorial:
Dafne editora
EAN:
9789898217165
Ano de edición:
Materia
ARQUITECTURA
ISBN:
978-989-8217-16-5
Páxinas:
144
Encadernación:
TAPA BLANDA O BOLSILLO
lingua:
PORTUGUES
Ancho:
200
Alto:
200
Dispoñibilidade:
DISPOÑIBLE (Entrega en 1-2 dias)
Colección:
SABENTAS DA HISTORIA

Desconto:

-5%

Antes:

9,81 €

Despois:

9,32 €
IVE incluído
Comprar

Jan Van Eyck actuou num ambiente cultural e político distinto do que explica o ciclo histórico saído da vontade de fazer renascer a memória  do classicismo romano. Com perfeito domínio do desenho e aparente controlo da geometria, recorria às mais avançadas técnicas pictóricas,  às convincentes perspectivas, à expressão dos sentimentos humanos nos  retratos e até à subtileza dos significados induzidos na pintura, quando, nas cidades do sul, ainda mal se definiam as primeiras regras da ciência perspéctica. E sabe-se como o domínio da representação eficaz do espaço real constitui o instrumento básico para arte de modelação das formas espaciais, o mesmo que esteve na base do ressurgimento da ideia de arquitectura que marcou o ciclo moderno. Foram os pintores que tomaram em mãos as descobertas técnicas para a eficaz representação da realidade. Práticas antigas de desenho e pintura nas paredes das igrejas, nos pergaminhos dos livros, nas tábuas dos altares, foram enriquecidas por novas descobertas, mas também pela percepção intuitiva das proporções na natureza ou pela aplicação consciente do saber desenvolvido pelos geómetras. Inventaram  o fingimento, transformando qualquer parede cega numa imensidão de espaço, outro palco para o teatro da vida. Os mecanismos do pensamento  artístico actuaram para uma efectiva compreensão do espaço. Um conceito contemporâneo de arquitectura utiliza o desenho integrado num  conjunto de operações intelectuais que visam dominar as ideias formuladas no interior do espírito do artista, trazendo-as ao plano concreto de um suporte físico para aí serem trabalhadas com um grau de  consciência superior. É a arquitectura como coisa mental, a que não é  alheio o domínio dos instrumentos inventados por pintores e geómetras  para a representação do espaço. Por essa via o desenho transforma-se em projecto, passando a integrar um conjunto de materiais de comunicação organizados como sistema para a transferência da ideia formal preconcebida e por aí chegar à realização física desejada. O Renascimento foi reflexo das descobertas da geografia, das viagens e da ciência experimental. Codificaram-se novas regras em todos os domínios do saber, incluindo a literatura e as artes visuais, como resposta integrada no movimento cultural gerado na Europa. Correspondeu ao renascer da experiência urbana, servindo as mais diversas formas da arte como meio para a consolidação de novas estruturas do viver. A cultura de isolamento deu lugar à expressão do ser em colectivo, como se fora uma descida do céu à terra, transportando as práticas e sentimentos religiosos para os níveis de entendimento da moral necessária a uma boa organização da vida quotidiana. É, também, por isso que esta História da Arquitectura Moderna começa pelo notável trabalho dos pintores que porfiaram na dolorosa descoberta dos meios para o domínio e correcta representação das formas no espaço.

Outros libros do autor en D-LECTUM

Materia en D-LECTUM

Dafne editora en D-LECTUM